quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Uma história de amizade

Quem for iteano vai entender melhor o que eu quero dizer, mas todos poderão ter uma idéia do que pensamos sobre a amizade.

Quando eu estava no terceiro ou quarto ano da faculdade, vivia com uma modesta mesada de 400 reais por mês, que meu pai me dava, já que alimentação e moradia eram praticamente de graça. Mas meus amigos, que gostavam de trabalhar, logo estavam frequentando camarotes e tomando uísque nas baladas. Convidado por eles para sair, eu resistia com o argumento de que não tinha dinheiro para tal extravagância, mas um amigo em especial sempre me convencia de forma brilhante. Ele dizia que em 5 anos me garantiria um salário de 5 mil reais mensais, na empresa onde ele estivesse trabalhando. Eu prontamente pegava dinheiro emprestado para sair com a galera, com a certeza de que poder aquisitivo não seria problema no futuro.
E eis que o futuro chegou, e eu abandonei um emprego bem remunerado para fazer um mestrado com possibilidade de uma bolsa de estudos mal paga. E ainda convivo os mesmo amigos, agora já ficando ricos e, em vez de prometendo, realmente me oferecendo empregos que vêm ao encontro de meus planos. Fico totalmente agradecido por saber que, embora eu abandonando o mundo dos negócios para fazer ciência, meus colegas de turma ainda me dão oportunidade de ganhar o dinheiro suficiente para conviver com eles.
Eu acabei a faculdade e comecei a trabalhar com o objetivo de obter a tão desejada independência financeira. Mas, mesmo com tal independência, vi que eu não era feliz como queria. Então larguei o trabalho para pensar na vida e concluí que quero colaborar para o conhecimento humano através do mestrado/doutorado. Não tenho certeza de que é isso que me deixará realizado, mas estou confiante de que posso participar da porção intelectual que aumenta o conhecimento de nossa raça.
Para fazer jus ao título do post, essa minha confiança se deve, em grande parte, ao incentivo que recebo dos meus amigos, que, em um mundo de grandes incertezas, sempre acreditaram no meu potencial, seja para o que for.
Na despedida de nossa reunião hoje, flagrei várias pessoas falando "o prazer é todo meu". Se todos nós falamos isso, deduzi: "O prazer é todo nosso!". Todos estamos felizes por sermos amigos e realmente sentimos prazer em conversar entre a gente. Pode nossa mãe morrer, nossa namorada fugir, nosso emprego nos dispensar, mas os amigos estarão sempre presentes para provar que vale a pena a confiança mútua entre duas pessoas.

Finalmente, se não publiquei mais nada na terça-feira, é porque: ou deus não quis, ou ele não existe.

Pensamento da hora:
"Amizade é o perdão recíproco de defeitos incomuns."

Abs do Vaps

2 comentários:

Nurdagniriel disse...

Sorte sua. Aproveite bastante agora. =]

Camila Alam disse...

Belo post!