quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu, o Linux e o teclado

Caros leitores,

O blog tem andado abandonado, mas tenho motivos para isso. Recentemente, formatei meu computador e instalei um Linux, por necessidade do mestrado. Devido a meu desconhecimento do sistema, o teclado continua desconfigurado, sem acentos. Estou concentrado neste post para passar sem tais caracteres especiais.

Quando os acentos voltarem, volto a escrever. Prezo pela correteza da escrita.

Pensamento da hora:
"Um pensamento sem acentos."

Abs do Vaps

sexta-feira, 6 de março de 2009

Divagações Sobre o Aborto

Essa semana, uma menina de 9 anos, estuprada pelo próprio padatros, abortou a gravidez de gêmeos que arriscava sua vida. Um representante da Igreja Católica então excomungou os envolvidos no procedimento, e o Vaticano concordou.

O aborto, no Brasil, é legal para casos de estupros ou risco de vida à mãe, ambos aplicados ao caso da menina. Para a igreja, no entanto, não há sentido em tirar uma vida para salvar outra - e nesse caso poderiam ser duas vidas para salvar uma...

A questão do aborto tem seu cerne na definição do início de uma vida, o que leva à questão ainda mais problemática da definição de vida. A igreja argumenta que a vida começa na fecundação do óvulo pelo espermatozóide, e logo condena qualquer intervenção após isso como assassinato. Outros dizem que a experiência humana é a vida psíquica, que não começaria em um novo indivíduo antes do desenvolvimento do sistema nervoso, durante a gestação. Para essas pessoas, não haveria problema ético em interromper uma gravidez antes desse desenvolvimento. Para alguns físicos, o conceito de vida está ligado a organismos que mantém ou diminuem sua entropia. Nessa visão, o espermatozóide é vivo, assim como o óvulo e o zigoto, mas esse conceito aparentemente não trata da individualidade e, logo, do começo de uma "nova" vida.

De volta a prática, filhos indesejados podem prejudicar o futuro das mães. À primeira vista, seria natural para mulher realizar um procedimento cirúrgico em seu corpo a fim de melhorar sua qualidade de vida, mas numa constituição onde é proibido até tentar se matar, não somos donos nem do próprio corpo!

Como um filho garante a continuidade da existência dos genes dois pais, estes deveriam estar interessados, mais do que tudo, na vida daquele. Deveriam pela teoria da evolução, mas somos "racionais" para descartar esse imperativo natural e pensar na própria qualidade de vida.

Enfim, o assunto tem tamanha complexidade que não tenho uma opinião formada! Espero seus comentários e coloco uma enquete medir a polêmica.

Pensamento da hora:
"E se Maria tivesse abortado?"

Abs do Vaps

segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais um dia de trabalho!

Enfim, estou matriculado na USP, e hoje começaram as aulas da pós-graduação. Depois de mais de dois anos, estive novamente em uma sala de aula. Não por querer um diploma que me credenciasse sucesso financeiro posterior, mas sim por querer aprender de fato.

Por ser o primeiro dia, dei-me o luxo de chegar 15 minutos antes (só porque era à tarde!), a fim de me acomodar sem pressa. Assim que outros alunos foram chegando, pude perceber que eu continuava diferente. Com os termômetros da USP marcando 35 graus, e em uma sala com um ventilador apontado para a parede e outro para o professor, eu era o único que não usava calça e tênis/sapato - até a chegada do professor de bermuda e sandália! Então começa a aula, e as pessoas tomam nota sem parar, enquanto eu me preocupo em pensar no tópico apresentado.
Depois de quase duas horas de exposição sobre lógica proposicional, fui em direção ao restaurante central para experimentar o bandeijão. Pra quem conhece o "rancho" do ITA, a comida tem um padrão semelhante. A diferença é que aqui há custo de R$1,90 por refeição, compensado pela liberdade de trafegar em trajes praianos. As filas tomam tempo, mas me ocupei de resolver os deveres de casa.
Finalmente, esperei 25 minutos pelo ônibus circular da USP para voltar pra casa. Quando passou, estava lotado a ponto de ninguém se atrever a tentar entrar! Perdoável, já que é de graça. Resolvi caminhar os 15 minutos até meu doce lar. Já em casa, procurei na internet algumas coisas ainda a pedido do professor. E... pronto, encerro meu expediente acadêmico.

Ainda não sei se é exatamente isso que eu quero pra minha vida, mas tenho tempo livre suficiente para tocar guitarra, ler filosofia, escrever no blog, dormir 10 horas por dia e desperdiçar outras 6.

Pensamendo da hora:
"Parabéns ao Papai Macedinho!"

Abs do Vaps