Em uma de suas definições, verdade é a compatibilidade de uma idéia com o mundo "real". Dizer que o sol é amarelo é considerado verdade por que olhando, todos concordam. Mas dizer que a terra gira em torno do sol é uma verdade verificável somente para quem pode fazê-lo com cálculos complicados ou instrumentos avançados de observação. Assim, nos resta acreditar no que os cientistas nos dizem. Galileu, adepto do heliocentrismo de Copérnico, o desmentiu perante julgamento da igreja, a fim de poupar sua própria vida. Diferente de Sócrates, que buscava a verdade indagando cidadãos comuns na Grécia sobre questões essenciais, e julgado, preferiu ser condenado à morte a fugir ou negar o que acreditava ser verdade.
Todos temos um conjunto de verdades que rege nosso comportamento. A maioria desses pilares, vem da nossa educação, no colégio, na família e na vida. Acreditamos que a terra gira ao redor do sol, que matar é errado e que vale a pena alugar nossa vida por dinheiro (trabalhar). Não podemos verificar, olhando para o céu, que o sol não gira em torno da terra. Não precisamos matar para saber se é errado, pois isso é uma opinião que faz sentido para o convívio social, já que ninguém quer morrer. Mas podemos sim emprestar nosso tempo, nossos pensamentos, nosso esforço, por dinheiro. E fazendo isso, podemos ter a nossa opinião sobre o assunto!
Guiados por boas leituras, podemos concluir por nossos próprios pensamentos que pensamos e existimos, que a ética faz sentido e que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Não precisamos fazer como Descartes, que resolveu duvidar de tudo que lhe disseram e provar para si toda a verdade que acreditaria. Nem temos competência para isso. O que podemos fazer é refletir sobre o que acreditamos, e quem sabe encontrar nossos motivos para tal, ou buscar novas verdades.
Finalmente, como dizia Sócrates: "Só sei que nada sei."
Pensamento da hora:
"A ausência da verdade não implica na presença da mentira."
Abs do Vaps
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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