segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Se a internet não falhar, olê, olê, olá...

eu chego lá!

Parece que não estavam pagando as contas da pensão aqui, e fiquei os últimos dias sem conexão com o mundo - só espero não ter deixado água parada no blog em tempos de dengue.

Mas vamos ao que interessa (ou não)! É carnaval, e embora eu considere mais uma banalidade do calendário proletário, gosto da festa, e já virou tema deste post.

Um bixo outro dia se indagava sobre a aleatoriedade da data do carnaval, e respondi que a aleatoriedade estava na data da Páscoa. Tecnicamente, a Páscoa é no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois de 21 de março (aproximadamente o equinócio de outono no hemisfério sul). Tirando 7 dias da Páscoa, chegamos ao domingo de ramos, tirando mais 40 dias de quaresma, chegamos à terça de carnaval - e tirando mais 1 dia, chegamos a hoje! Parece que até Gauss já fez uma fórmula simples para calcular a páscoa em cada ano. Para curiosos no assunto, este link é bem informativo.

A Páscoa teve origem na tradição judaica, mas o cristianismo tomou a festa para relembrar uma ressurreição. Como a quaresma é (ou era pra ser) tempo de penitência, onde se sacrificava o paladar privando-o do sabor da carne vermelha, logo antes vinha a festa da carne para todos se esbaldarem. Mas a carne, que era de comer, ganhou outro significado, e o carnaval virou putaria - no bom sentido, é claro!

Quando eu ainda regia meu trabalho pelo calendário gregoriano, ficava feliz por ter um longo feriado e sempre aproveitava para viajar. Agora, o feriado me faz mais diferença pelos amigos que tem nesta folga oportunidade de se divertir. Mas não é só um fim de semana estendido, é carnaval! Além de o samba ser o ritmo predonimante, o comportamento das pessoas é o maior diferencial dessa festa. Grande parte dos foliões se reserva o direito de extrapolar sua moral, tomando decisões, ligadas a sua carne, que normalmente não tomariam em um feriado qualquer. Na reflexão sobre seu "certo" e "errado", os festeiros inserem um argumento extraordinário: "hoje é carnaval...". As extravagâncias mais comuns são relacionadas ao sexo e à bebida (ou outros entorpentes), que dificilmente podem trazer malefícios para vida de outrém. O folião sabe que diminui a sua expectativa de vida a cada gole a mais, e alguns acreditam que a luxúria aumenta sua chance de ir pro inferno, mas é carnaval! As pessoas ficam alegres só por ser carnaval, e isso é contagiante.

Gosto do carnaval por tudo isso: gente sem ter que trabalhar, querendo se divertir sem prejudicar outrém e fazendo coisas que gostarão de lembrar, mas fingirão que esqueceram.

Pensamento da hora:
"Usem camisinha!"

Abs do Vaps

Um comentário:

Richard disse...

é fomos muito iludibriados nessa, sem tv a cabo, internet nao funciona, so o play msm pra salvar hehehe
carnaval pra mim nao fez a menor diferença, nem desfile eu vi, e uma epoca boa mesmo pra encher o pote e fazer cagada uhaeuhea mas ate ai, pra isso nao tem epoca, so desculpa, podia-mos falar simplesmente : ah hoje e segunda vou chapar sair pulando pela rua e trepar com geral, mas como nao e feriado, melhor deixar pro fds ...